Será que os espíritos dos mortos teriam a capacidade de conservar os corpos sem vida?
Eles conseguiriam intervir no corpo físico de quem está enterrado?
Sabemos que os yogues conseguem alterar os estados de consciência para modificar sua fisiologia, mas como entender a conservação de alguns corpos por anos ou até séculos?
Corpos incorruptíveis (imputrescibilidade) são aqueles que não passaram pela decomposição orgânica. Georges Pasch, autor de O homem paranormal, explica que ?este fenômeno não corresponde a nenhum estado conhecido por nossa medicina.
Os corpos incorruptíveis foram encontrados mornos, flexíveis e com a tonalidade rosada da pele (em alguns casos, séculos após o sepultamento). Em alguns casos, outros fenômenos surgiram: odor de perfumes, desprendimento de sangue (ou outro líquido), temperatura do corpo acima da temperatura ambiente etc.?
Um caso impressionante é de Santa Bernardette. Camponesa e devota da Virgem Maria, Bernardette teve uma visão da mãe de Jesus. Tornou-se freira e, anos mais tarde, morreu em um convento francês (1879), sendo enterrada na capela do convento. Seu corpo foi exumado em 1923.
Os médicos encontraram o corpo de Santa Bernardette intacto, sem nenhum indício de putrefação. Os órgãos internos estavam flexíveis e seu fígado tinha uma consistência normal.
Outro caso é de São Francisco Xavier, que morreu em 2 de dezembro de 1552. O corpo do santo foi colocado em uma caixa e preenchido por cal (para se obter mais depressa os ossos) e assim facilitar seu transporte. A caixa foi aberta dois meses depois, para averiguar a destruição das carnes.
Constatou-se que nada havia ocorrido. O corpo de São Francisco foi encontrado fresco e rosado, sem nenhum traço de putrefação. O mais impressionante é que fizeram um corte perto do joelho e o sangue escorreu. Além disso, o corpo exalava um aroma agradável.
O processo de incorruptibilidade é raro e é diferente da mumificação. Neste caso, as vísceras são extraídas e o corpo é coberto por uma camada de cera. Ele é poupado de oxigênio e umidade, facilitando sua conservação.
Também existem registros de casos onde ocorreram a adipocera, ou seja, o tecido do corpo transformou-se em uma espécie de massa branca, mole e quebradiça, dando a impressão incorreta de incorruptibilidade.
O fenômeno não ocorre apenas no mundo cristão. Alguns casos foram comprovados na Índia, China e Tibete com corpos incorruptíveis de iogues e lamas.
Os pesquisadores entendem que para conhecer o processo da incorruptibilidade seria importante fazer análises histológicas, citológicas e químicas, já que, para a medicina clássica, estes corpos deveriam entrar em decomposição.
Para alguns místicos, o corpo incorruptível é envolvido por um corpo astral. Este seria o motivo de ele se apresentar morno. Se o corpo está morno, é sinal de que ainda desprende algum tipo de energia.
Nenhum corpo consegue armazenar energia por tantos anos (e em alguns casos, séculos). Isto seria o indicativo de um processo energético desconhecido que tanto pode ser de uma reação interna como de uma reemissão de energia cósmica. São mistérios que o homem tenta decifrar.
Monica Buonfiglio/Especial para o Terra
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